Muito do que fazer em Urubici, na Serra Catarinense, é ligado à natureza: cachoeiras, mirantes naturais e trilhas no meio da mata. Neste post vou falar sobre as principais atrações da cidade.
Recomendo ler também o post Urubici: informações gerais.
Atrações visitadas
Morro do Campestre
Também conhecido como Morro da Cruz. Fica em uma propriedade privada e há cobrança de ingresso de R$ 5,00 por pessoa.
Para chegar, pegamos uma estrada de chão a partir de Urubici por 7 quilômetros. Após passar pela porteira onde pagamos o ingresso, subimos o morro por mais alguns minutinhos até o estacionamento. Dali, o restante da subida é a pé, por uns 10 minutos.
É um ótimo lugar para assistir o pôr do sol e por isso visitamos no mesmo dia em que chegamos em Urubici, para aproveitar que o dia estava claro e bonito, apesar do sol já estar bem próximo da linha do horizonte. Subimos o trecho a pé praticamente correndo e chegamos lá em cima esbaforidos 😀 . Foi bem corrido, mas conseguimos assistir o sol se pondo e valeu muito a pena.
Dá para notar que o entardecer é um momento concorrido no local, tendo um bom número de pessoas por lá. Para pegar o local mais vazio e fazer umas fotos legais na formação rochosa, que é bem interessante, o bom é ir mais cedo. Além disso, a vista lá de cima é maravilhosa e deve ficar ainda melhor com o sol mais alto.
Cascata Véu de Noiva
Fica na mesma estrada que vai para o Morro da Igreja, 11 quilômetros após sair da SC-370. O trecho é asfaltado e estão acontecendo algumas obras, e o pequeno trecho de acesso ao local da cascata é de terra.
Há cobrança de ingresso de R$5,00 por pessoa. Ali também funciona uma pousada, um restaurante e uma loja de lembrancinhas e artesanato.
Do estacionamento até a Cascata Véu de Noiva a caminhada é de menos de 5 minutos em terreno regular, descendo.
Seguindo, há uma trilha um pouco mais no meio do mato que leva a uma tirolesa. O proprietário do lugar estava por ali trabalhando e conversou um pouco com a gente, dizendo que está investindo no local e quer implantar uma estrutura melhor de lazer.
Depois da tirolesa, outra trilha, essa sim mais acidentada e complicadinha, de uns dez minutos. Por ela chegamos na Cachoeira dos Namorados. Muito bonita, principalmente por estar à beira de um cânion estreito e profundo.
Cascata do Avencal
Tem 100 metros de queda d’água. Fica na mesma estrada do Mirante de Urubici e das Inscrições Rupestres (falei sobre esses dois neste post). O trajeto desde o centro da cidade é de cerca de 7 quilômetros de asfalto e mais 1,5 de terra.
A visita aqui tem uma pequena “pegadinha”. Existem duas propriedades de onde dá para ver a cascata. No primeiro pórtico que chegamos pela estrada, há a cobrança de R$ 5 de ingresso por pessoa, e avistamos a queda d’água a partir de uma plataforma de metal que avança 4 metros sobre o cânion.
Seguindo pela esquerda deste pórtico, chegamos em seguida à entrada do Parque Cascata do Avencal. Este segundo local é bem mais completo, um parque de atividades, com tirolesa, pedalinho, passeio a cavalo e pousada, além de dois mirantes para a cascata. A entrada custa R$ 7 por pessoa e as atividades são pagas à parte.
Serra do Corvo Branco
É conhecido como Serra do Corvo Branco um trecho da SC-370 ligando Urubici ao município de Grão-Pará. Saindo de Urubici, andamos pouco mais de 20 quilômetros em asfalto e, então, mais 5 em estrada de terra até chegar à parte mais impressionante: a porção da estrada que passa entre dois paredões de rocha de 90 metros de altura – na verdade, a rocha foi cortada, sendo o maior corte em rocha já feito até o momento no Brasil.
Quando visitamos, não tivemos muita sorte. Saímos de Urubici com um dia lindo de poucas nuvens, mas exatamente quando entramos no trecho de terra a neblina começou a aparecer e ficar cada vez mais forte. Paramos em uma curva onde havia um recuo e não dava para ver mais do que 10 metros adiante. O Rodrigo ficou no carro preparando o chimarrão e eu fui caminhando para tentar descobrir se os paredões estavam longe, meus olhos foram se acostumando à neblina e comecei a perceber pelos vultos que os paredões estavam exatamente ali. Não era o cenário que esperávamos, mas ainda assim foi interessante o clima meio “fantasmagórico” formado pela neblina.
No dia seguinte, estivemos lá novamente e aconteceu a mesmíssima coisa: dia bonito em Urubici e neblina na Serra. Desta vez, percorremos uma parte a pé um pouco maior e chegamos ao ponto onde inicia uma sequência de curvas fechadas da descida da serra. Na primeira curva, um caminhão estava atravessado na estrada, bloqueando completamente a passagem em ambos sentidos. Uma meia dúzia de pessoas estava passando toda a carga desse caminhão para um menor, para deixá-lo mais leve e possibilitar as manobras. 😮
Dizem que descer a Serra do Corvo Branco oferece vistas maravilhosas, mas por outro lado é uma estrada em péssimas condições, cheia de pedregulhos, estreita, e onde ainda podem ocorrer estes tipos de contratempos, como neblina forte ou caminhões que não venceram as curvas. 😕 Portanto, muito cuidado.
Cachoeira da Neve
Ficamos sabendo deste local no serviço de informações turísticas e nos interessamos, e acabou sendo o mais agradável dentre os que visitamos.
Fica dentro do Sítio Arroio do Engenho, a aproximadamente 5 quilômetros do centro de Urubici (pouco mais da metade do trecho em estrada de terra). O ingresso custa R$ 10 por pessoa. Eles também possuem uma área para camping.
Fomos recebidos por um senhor muito simpático que explicou como era a trilha até as duas cachoeiras e contou um pouco sobre como fica a Cachoeira da Neve em dias bem frios e secos, formando pequenos flocos congelados que se acumulam na base da cachoeira parecendo neve. Deve ser lindo!
A trilha até a primeira cachoeira é de aproximadamente 20 minutos por dentro da mata bem fechada, mas o caminho é tranquilo e super bem sinalizado. Só se escuta o barulho da água correndo no riacho junto à trilha e o canto de um ou outro pássaro. Maravilha!
Na lateral esquerda de quem está de frente para a Cachoeira da Neve há uma escadaria improvisada na pedra que leva à uma gruta justamente atrás da queda d’água. A subida é chatinha, úmida e escorregadia, mas vale a pena.
Depois, há mais uma trilha de menos de 10 minutos até a Cachoeira das Araucárias, esse trecho sim é um pouco mais difícil porém com cordas para auxiliar nas subidas e descidas do caminho.
Em mais de uma hora entre ir, sentar para apreciar ambas cachoeiras e voltar, cruzamos somente com uma mulher e sua filha. Por não ser uma atração tão famosa, poucas pessoas procuram o lugar. Foi justamente isso que me fez gostar tanto de lá, a paz era imensa e o contato com a natureza foi muito intenso.
Igreja Matriz
A arquitetura desta igreja de Urubici é um tanto diferente, e é a construção que se destaca quando vemos a cidade a partir do mirante na estrada que vem de Bom Jardim da Serra / São Joaquim. Apesar de não ser imperdível como as demais atrações da cidade, vale a passada por lá em um tempinho que sobrar entre os demais passeios.
Atrações que (ainda) não visitamos:
Morro da Igreja
É de onde se avista a Pedra Furada, o cartão postal mais conhecido de Urubici. Mas… estava com acesso interditado na época em que estivemos lá em virtude de obras de recuperação na estrada. 🙄
Encontra-se dentro de um parque nacional – Parque Nacional São Joaquim – controlado pelo Instituto Chico Mendes. Quando o acesso está liberado, é necessário pegar autorização para a visita na sede do ICMBio de Urubici (Av. Pedro Bernardo Warmling, 1542). Pode ser feito um pré-agendamento pelo e-mail parna.saojoaquim@icmbio.gov.br, porém esse não dispensa a retirada da autorização. Não há cobrança de ingresso para este local. Para verificar se o acesso já está liberado e obter maiores informações, consulta o site oficial.
Trilha do Rio Sete Quedas
Também ouvimos falar deste lugar no serviço de informações turísticas, mas fomos desaconselhados a visitar nesta oportunidade porque a trilha requer muitas travessias por dentro do rio, com a água chegando na altura dos joelhos ou mais. Fiquei muito curiosa em conhecer, pois, como diz o próprio nome, a trilha vai passando por sete diferentes cachoeiras. Parece ser uma excelente opção de programa para o verão. Fica na estrada para o Morro do Campestre.
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Bom, acho que deu para transmitir a ideia de que Urubici tem uma natureza maravilhosa – eu fiquei encantada! Como já comentei no post anterior, é um ótimo destino para um feriadão ou final de semana prolongado, pois em 3 ou 4 dias dá para aproveitar muito bem as atrações aí de cima e o clima de tranquilidade da cidade.
Para quem quiser mais informações sobre o que visitar na cidade, horários, como chegar nas atrações e etc, há um serviço de informações turísticas no centro de Urubici, no térreo do Sesc (Av. Adolfo Konder, 2543).
Nossa viagem por Urubici aconteceu entre 30/07 e 02/08/18.
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O blog fica muito melhor e mais completo com tua participação. Tens alguma sugestão para dar, alguma informação a acrescentar, alguma dúvida? Deixa nos comentários 😉
19 de novembro de 2018 at 13:14
Nossa, que incrível! eu não tinha ideia de que tinha tanta coisa legal para fazer em Urubici. Já estou colocando essa região na lista para uma próxima viagem. Show!
19 de novembro de 2018 at 16:43
Que legal, Alessandra! Vale muito a pena conhecer essa região.
20 de novembro de 2018 at 19:15
Quantas cachoeiras e paisagens lindas para conhecer nessa cidade que eu nao conhecia. Fiquei com vontade de conhecer. Só não gosto muito de pegar neblina em cachoeiras, peguei uma bem forte uma vez em Paranapiacaba, que deu medo. haha
20 de novembro de 2018 at 19:58
Vale a pena conhecer Urubici, cidade super agradável e com esses atrativos lindos.
22 de novembro de 2018 at 06:29
Que lugar lindo! No Brasil tem muito o que oferecer em termos de natureza para quem ama o ecoturismo como eu. Ótimas dicas para planejar a visita. Parabéns pelas fotos.
22 de novembro de 2018 at 08:45
Muito obrigada pelo elogio!
É verdade, o Brasil tem uma infinidade de destinos de ecoturismo, para diversos tipos de público.
Urubici é ótima opção para quem quer ver belos cenários naturais mas não tem aptidão física para fazer trilhas longas.
22 de novembro de 2018 at 09:35
Ainda não conheço Urubici, mas conheci a região dos Canios ai no sul e foi demais. Agora preciso me programar para conhecer os destaques desta matéria.
22 de novembro de 2018 at 10:48
A região dos Canions é tudo de bom, sou apaixonada por Cambará do Sul.
Mas Urubici e a região da Serra Catarinense valem muito a visita!
25 de novembro de 2018 at 13:02
Essa foto do caminho fantasmagórico é linda! 😮 Adorei o roteiro, o tipo de viagem que gostamos de fazer!
26 de novembro de 2018 at 10:40
Obrigada pelo elogio! O “caminho fantasmagórico não era o que a gente esperava ver, mas foi divertido! 😄
Esses roteiros no meio da natureza são bons demais, né? Tb adoramos.