O Vale do Rio das Antas é a separação geográfica das cidades de Bento Gonçalves e Veranópolis. Mas, na prática, é mais do que isso. O roteiro do Vale do Rio das Antas é um belo passeio que deve ser feito com tempo bom, pois privilegia espaços abertos e paisagens, apesar de também contar com espaços de visitação e degustação (impossível não ter isso em Bento). Além disso, deve ser feito em carro próprio, pois assim o viajante faz as paradas que quiser, pelo tempo que desejar. Desejando conhecer todos estes lugares sugeridos, esta rota dura um dia inteiro. E muito bem aproveitado!
Então, sai de Bento Gonçalves e pega a BR 470 rumo à Veranópolis. Minha sugestão: ir direto até o fim do passeio, o Belvedere do Espigão, em Veranópolis. Dessa maneira pode-se fazer as paradas na volta. Outra forma seria visitar uma das vinícolas ou a destilaria no caminho de ida. Do centro de Bento até o Espigão são cerca de 30 km por uma bela estrada, sinuosa e com lindas paisagens.
Chegando no mirante, uma bela vista do vale: pode-se visualizar o leito do Rio das Antas, a casa de máquinas da Usina Hidrelétrica Monte Claro e a ponte da estrada de ferro. Tem estacionamento, restaurante e banheiros.
Agora começa o caminho inverso, de volta a Bento. A 7 km dali, a parada é na ponte Ernesto Dornelles, que fica sobre o Rio das Antas, e é a divisa entre Bento Gonçalves e Veranópolis. A ponte foi inaugurada em 1952 e é a maior do mundo em arcos paralelos (não possui pilares no leito do rio, toda a sustentação da ponte é nos arcos paralelos). A obra teve tamanha importância que se tornou símbolo do DAER (Departamento autônomo de estradas de rodagem).
Do lado de Bento, junto à ponte, existe um restaurante-armazém com algumas fotos de uma inundação, quando o rio subiu demasiadamente e quase chegou no nível da ponte. Atravessa a ponte, com cuidado, logicamente, e do lado de Veranópolis existe uma capelinha minúscula ao lado de uma pequena cascata.
A próxima parada é na destilaria Casa Bucco. A propriedade tem um mirante com vista do Vale do Rio das Antas e da ponte. Na visitação vais conhecer o alambique e o processo de fabricação dos produtos. Finaliza na loja, onde estão expostos os prêmios recebidos e podes degustar alguns produtos. A Casa Bucco também conta com pousada e restaurante.
Hora de seguir o passeio e parar na Tenda do Teco. Neste local há um mirante, onde podes apreciar a linda vista do Rio das Antas no ponto onde ele faz uma curva em forma de ferradura. Na Tenda do Teco vendem-se deliciosos produtos coloniais da região.
Agora, podemos conhecer duas das vinícolas desta rota, mas existem outras. Escolho estas duas porque oferecem experiências distintas, porém ambas maravilhosas.
A Vinícola Cainelli é de pequeno porte, estilo familiar. É bem provável que tu sejas recebido pelos próprios donos. Sua sede é uma casa de 1929, restaurada, e forma um ambiente muito receptivo e aconchegante. É a casa onde os ancestrais da família moraram, então o andar superior foi restaurado e virou um museu. O visitante pode escolher diversas atividades na Cainelli, sendo o passeio de tuc-tuc nos vinhedos uma bela pedida, mas também pode-se fazer piquenique nos parreirais, degustação com ou sem tábua de frios, ou toda uma programação especial em época de vindima. O contato caloroso com os próprios produtores é um diferencial. O site da vinícola explica muito bem os programas.
Bateu a fome? Nesta região, passando a Cainelli, teremos duas excelentes opções de almoço: os restaurantes Pignattela e o Adollorata. Em qualquer um dos dois será um almoço e tanto.
Seguimos então para a Vinícola Salton, uma gigante do setor. Com a construção da sede finalizada em 1910, é uma das mais antigas, e uma das maiores produtoras e exportadoras de vinhos e espumantes do Brasil. Sua sede é imponente, um prédio lindo por dentro e por fora, com jardins exuberantes. Sendo tão grande, não espera o tratamento mais individualizado da Cainelli, pois aqui se formam grandes grupos para visitação e degustação em questão de minutos. A visitação pelo complexo é muito enriquecedora, sempre guiada, com muita informação e finaliza com a degustação. Para outros programas, consulte aqui!
Pertinho da Salton está o Haras Recanto do Gaúcho. Muito contato com a natureza e a cultura gaúcha. Passeios a cavalo, chimarrão, churrasco ao ar livre, café colonial, são algumas opções de entretenimento por ali.
Então, a quantidade de atrações é grande. Bento Gonçalves é uma cidade que oferece diversos roteiros além do magnífico Vale dos Vinhedos. Conhece a beleza do Vale do Rio das Antas ou dos Caminhos de Pedra (leia sobre este roteiro aqui) em tua próxima viagem por lá.
Gostaste do roteiro? Já o fizeste? Tens alguma dúvida? Escreve pra gente na caixa de comentários.
22 de junho de 2020 at 12:21
Excelente pedida! O problema é decidir quem vai guiar o carro….. kkk
24 de junho de 2020 at 20:11
Muito bem colocado, Volmério! É importante decidir quem vai ser o motorista da rodada. 😀
Mas as paisagens são muito bonitas e há outras atividades para aquele que vai ficar de “bico seco” aproveitar também! 😉
25 de junho de 2020 at 09:20
Que legal essas dicas do que fazer no Vale do Rio das Antas. Não sabia que é ali que fica a vinicola Salton. Uma boa pedida mesmo ! Adorei
25 de junho de 2020 at 17:10
Obrigado Diego. É um lindo passeio mesmo, uma ótima opção pra quem quer fazer outra rota além do Vale dos vinhedos.
26 de junho de 2020 at 19:36
Conheci o Vale do Rio das Antas no carnaval deste ano e me apaixonei. No começo foi meio confuso entender que não era o Vale dos Vinhedos mas nesse mapinha que você colocou fica bem fácil. Visitamos a Cristófoli, a Salton e almoçamos no Bistrô da Vinícola Casa Postal. Foi perfeito!! O ideal é se hospedar em Bento Gonçalves ou na região né? Adorei relembrar minha trip com seu post.
27 de junho de 2020 at 10:53
É bem natural achar que as vinícolas de Bento Gonçalves estão todas no Vale dos Vinhedos, faz muito sentido. Mas Bento tem mais excelentes rotas turísticas que englobam vinícolas, como tu pudeste comprovar.
Agradeço as dicas de lugares que tu deste para enriquecer este roteiro!
Ah, e sim, o melhor é hospedar-se em Bento Gonçalves.
28 de junho de 2020 at 14:49
Sempre ouvi falar do Vale do Rio das Antas, mas nunca procurei detalhes. Adorei conhecer mais pelo post. É o tipo de viagem que adoro, com bastante contato com a natureza. E visitar vinícola sempre cai bem, né?
28 de junho de 2020 at 18:54
Sou até suspeita para falar, pois adoro conhecer vinícolas hehehe. Mas acho esse passeio do Vale do Rio das Antas muito gostoso porque ainda inclui contato com a natureza e belas paisagens.
28 de junho de 2020 at 15:41
Gostoso poder curtir a natureza e logo depois aproveitar para uma degustação de vinho no Vale do Rio das Antas. Mesclar os programas é o ideal para mim, quando for visitar Bento Gonçalves.
28 de junho de 2020 at 18:52
Natureza e vinhos, delícia de combinação! 😀
29 de junho de 2020 at 15:16
Esse Vale do Rio das Antas é mesmo um acidente geográfico bem interessante. O meandro é magnífico e fiquei encantada com o facto de dar para visitar. Obrigada pela partilha.
29 de junho de 2020 at 19:37
Eu que agradeço a visita ao blog e o comentário, Carla.
7 de maio de 2021 at 03:01
Muito boas as dicas, quando estive em Bento Gonçalves. Só visitei o Vale dos Vinhedos. Pretendo ir este ano novamente e vou fazer estas dicas suas. Muito obrigado
7 de maio de 2021 at 03:03
Muito boas as dicas, quando estive em Bento Gonçalves só visitei o Vale dos Vinhedos. Pretendo ir este ano novamente e vou fazer estas dicas suas. Muito obrigado
7 de maio de 2021 at 14:52
Ficamos muito felizes que tenhas gostado, Deolindo! Queremos muito que os visitantes aproveitem a Bento Gonçalves que é bem mais que o Vale dos Vinhedos.
Se tiveres mais tempo na cidade, aproveita para conhecer também a Rota das Cantinas Históricas e o roteiro Caminhos de Pedra.
Ótima viagem pra ti!
16 de dezembro de 2020 at 04:28
Só faltaram falar do Restaurante giratório em Veranópolis 😄
24 de dezembro de 2020 at 08:48
Obrigada por acrescentar essa sugestão, Sandra! 🙂