Neste post vou falar sobre o que fazer em Santiago do Chile – tanto atrações na própria cidade quanto opções de bate-volta.

Santiago, a capital do Chile, é uma cidade de mais de 5 milhões de habitantes espalhados em mais de 600 quilômetros quadrados. Proporcionalmente a esses números, a quantidade de atrações turísticas na cidade e em seus arredores também é enorme.

O que fazer em Santiago do Chile – Atrações na cidade

Como muitas cidades de colonização espanhola, seu centro histórico se concentra ao redor de uma Plaza de Armas. É ali que estão a Catedral Metropolitana de Santiago e o Museu Histórico Nacional.

O que fazer em Santiago do Chile.
Catedral Metropolitana de Santiago.

Pertinho da Plaza de Armas, temos o ótimo Museu Chileno de Arte Precolombino (com seu acervo de artefatos de povos anteriores à chegada dos colonizadores) e, logo adiante, o Palácio La Moneda – que além de ser a sede do poder executivo chileno, tem visitas guiadas gratuitas ao seu interior (mediante prévio agendamento neste link), apresentações de troca da guarda e também um centro cultural com exposições e outros eventos interessantes.

O que fazer em Santiago do Chile.
Museu Chileno de Arte Precolombino.

Para o outro lado da Plaza de Armas, encontram-se o Cerro Santa Lucía (um bonito e agradável parque, com um mirante que oferece vistas lindas da cidade), o Barrio Lastarria (com diversas opções culturais e gastronômicas) e, a algumas quadras, o Museu Nacional de Bellas Artes (coleção de pinturas e esculturas chilenas desde o período da colonização, além de outras coleções como pinturas européias e esculturas africanas).

O que fazer em Santiago do Chile.
Um dos diversos agradáveis recantos do Cerro Santa Lucía.

Para quem adora visitar um mercado, próximo do Museu de Belas Artes fica o Mercado Central de Santiago, cujos principais produtos são os frutos do mar. A iguaria mais conhecida servida por seus restaurantes é a centolla, caranguejo gigante (e caro!).

Mais ao norte, fica o bairro Bellavista, cheio de opções gastronômicas e com intensa vida noturna. Um lugar interessante ali é o Patio Bellavista, um centro comercial a céu aberto.

É nesta região que fica a Casa Museu La Chascona – uma das três casas do poeta Pablo Neruda (a única que se encontra em Santiago, as outras ficam em Valparaíso e em Isla Negra).

O que fazer em Santiago do Chile.
La Chascona.

La Chascona fica aos pés do Cerro San Cristóbal e pertinho da entrada do funicular que leva ao seu topo. O Cerro San Cristóbal situa-se dentro do Parque Metropolitano de Santiago, onde há trilhas, zoológico, capela, praças e, claro, vistas maravilhosas de Santiago. Outras formas de subir ou descer do Cerro San Cristóbal é a pé ou por seu teleférico.

Santiago e a Cordilheira dos Andes vistas do Cerro San Cristóbal.

A estação de teleférico aos pés do Cerro San Cristóbal fica a uns 10 minutos de caminhada do Museo Parque de las Esculturas, um museu a céu aberto. Também nesta região, encontra-se o Sky Costanera, que possui o mirante mais alto da América Latina, com vistas sensacionais para Santiago e para a Cordilheira dos Andes.

O que fazer em Santiago do Chile.
Parque das Esculturas e ao fundo a torre do Sky Costanera.

Voltando para as proximidades da Plaza de Armas, a algumas quadras ao sul temos o Barrio Paris-Londres, um conjunto de construções charmosas. É ali também que está a Igreja São Francisco, que teve sua construção iniciada em 1575.

Interior da Igreja São Francisco.

Mais distantes, estão o sensacional Museo de la Memoria y los Derechos Humanos, junto ao Parque Quinta Normal.

O que fazer em Santiago do Chile – Bate-voltas

Para os fãs do enoturismo, existem diversas vinícolas nas proximidades de Santiago, e os melhores bate-voltas são para as regiões de Maipo e Casablanca. Uma delas é a Vinícola Concha y Toro, na região metropolitana de Santiago, na localidade de Pirque.
Lê aqui o post sobre nossa Visita à Concha y Toro.

Existem várias opções de passeios oferecidos por operadoras de turismo ou, havendo alguém que se disponha a ser o “motorista da rodada”, é possível também alugar um carro e conhecê-las por conta própria.

Outra opção de bate-volta super interessante para quem está hospedado em Santiago é ir às cidades de Viña del Mar e Valparaíso. As duas cidades são coladinhas uma na outra e em um dia dá para ter um bom contato com ambas.
Lê aqui o post sobre o nosso Bate-volta a Viña del Mar e Valparaíso.

O que fazer em Santiago do Chile.
Valparaíso.

Isla Negra é onde encontra-se a casa-museu de Pablo Neruda que dizem ser a mais bonita dentre as três. Combina bem com visitação a alguma vinícola do Valle de Casablanca, pois são relativamente próximos.
Lê mais detalhes da visita a Isla Negra pelo blog O Melhor Mês do Ano.

Um passeio bem famoso e que reserva maravilhosas paisagens é o que vai a Cajón del Maipo e Embalse El Yeso (podendo ser complementado com banho em águas termais, como Morales ou Colina).
Confere o post sobre Cajón del Maipo e Embalse El Yeso do blog Vida sem Paredes.

E durante o inverno, dá para curtir neve nas estações de esqui, como Valle Nevado, El Colorado ou Farellones.
Lê o post sobre Como Visitar a Estação de Ski Farellones, do blog Garfo e Mala.

O que fazer em Santiago do Chile – roteiro de 5 dias

Com todas as sugestões que mencionei até aqui, dá para montar um roteiro de muitos dias hospedando-se somente em Santiago do Chile.

Eu acredito que o mínimo necessário para vivenciar uma cidade tão grande e tão rica em atrações seja permanecer por 5 dias completos. Foi esse o tempo que ficamos em Santiago durante nossa viagem por Mendoza-Atacama-Uyuni-Santiago (clica para ler o roteiro completo), e é a sugestão que deixo aqui:

1º dia: como uma espécie de introdução à cidade, participamos de um Free Walking Tour que partiu da Plaza de Armas, passou pelo Palácio La Moneda, pelo Cerro Santa Lucía, pelo Museu de Bellas Artes, dentre outros lugares, e acabou em frente à La Chascona. Aproveitamos para visitar o interior dessa casa-museu de Pablo Neruda. Depois, subimos de funicular o Cerro San Cristóbal, passeamos por seu topo e descemos pelo outro lado, de teleférico. Passamos rapidamente pelo Museo Parque de las Esculturas. Lê o post sobre este dia aqui.

2º dia: fizemos uma visita guiada com degustação de vinhos harmonizados com queijos na Vinícola Concha y Toro. Dá tranquilamente para encaixar outros programas no outro turno, nós fizemos a visita das onze horas e no início da tarde já estávamos de volta (nós tiramos o resto do dia para descansar).

3º dia: fizemos por conta própria e de transporte público um bate-volta às cidades de Viña del Mar e Valparaíso.

4º dia: pela manhã visitamos o Museu dos Direitos Humanos. Após esse programa pesado (e necessário), passeamos pelo Cerro Santa Lucía. Conhecemos o interior da Igreja São Francisco e dali já passamos pelas ruas do Barrio Paris-Londres. Ao entardecer, curtimos o ótimo astral do Barrio Lastarria e jantamos por ali mesmo. Lê o post sobre esse dia aqui.

5º dia: Fomos a uma exposição no Centro Cultural do Palácio La Moneda. Passeamos mais um pouco pela Plaza de Armas, aproveitando para conhecer o interior da Catedral. Fomos ao Museu Chileno de Arte Precolombino. Finalizamos fazendo a visita guiada à torre do relógio do Museu Histórico Nacional. Nosso voo de retorno era bem tarde da noite e assim deu para aproveitar o dia completinho. Lê o post sobre esse dia aqui.

Considerações sobre esse roteiro

Como já comentei aí acima, dá para fazer várias combinações das atrações e dos bate-voltas conforme teu gosto pessoal.

Nós não priorizamos o enoturismo em Santiago nesta oportunidade, mesmo gostando muito, porque na mesma viagem havíamos visitado Mendoza e lá tínhamos visitamos várias vinícolas.
Aliás, para quem vai combinar Mendoza e Santiago na mesma viagem, recomendo atravessar por terra a Cordilheira dos Andes. É lindo! Confere o post sobre a nossa Travessia dos Andes em ônibus (de Mendoza a Santiago).

E, também por termos acabado de ver paisagens naturais magníficas no Atacama e no Salar de Uyuni na mesma viagem, optamos por deixar o passeio para Cajón del Maipo e Embalse El Yeso para uma outra oportunidade em Santiago. Se não fosse esse o caso, este passeio entraria no nosso roteiro sem sombra de dúvidas!

Nossa proposta de estadia em Santiago era fazer as coisas em ritmo light, pois era a última cidade da viagem e serviu de uma espécie de férias das férias. Caso tu disponhas só de quatro dias, dá para apertar um pouquinho e conhecer as coisas que sugeri em um dia a menos. Ou então, usar esse quinto dia para algum outro passeio dentre as sugestões que citei.

Espero ter ajudado com ideias e inspirações para que tu organizes teu roteiro de viagem em Santiago! Nós adoramos a cidade e pretendemos visitá-la novamente com certeza.


O blog fica muito melhor e mais completo com tua participação. Tens alguma sugestão para dar, alguma informação a acrescentar, alguma dúvida? Deixa nos comentários 😉