Acordamos péssimos. Empurramos um pouco de chá de camomila e umas bolachinhas água e sal no café da manhã, só para não ficar de estômago vazio.

Pegamos um táxi na Av. Arequipa para nos levar até o Museu Larco. Primeiro o taxista deu um valor baixíssimo, tipo 6 soles, mas depois que entramos no táxi ele se deu conta de onde fica o museu, pediu desculpas pela confusão e disse que ficaria 15 soles, se estava tudo bem para nós. Era mais ou menos o valor de referência que a gente tinha, porque o museu é longe, concordamos sem problemas. Levamos cerca de uma hora no trajeto, o taxista era muito figura e o som estava em uma rádio muito boa que só tocava rock’n roll. Até acidente de trânsito rolou, estávamos em uma tranqueira e dali a pouco o carro de trás deu uma amassada na traseira do táxi. O motora saiu, xingou o cara, entrou no carro e seguimos, foi só mais um amassão mesmo.

entrada do museu Larco
fachada do museu Larco

O Museu Larco tem diversos objetos de culturas pré-colombianas peruanas. Além disso, fica em um prédio bem bonito, com um lindo jardim bem florido. Não é um museu muito grande, mas tem muita coisa, um acervo bem grande. Dá para se perder umas boas horas ali, lendo os paineis explicativos e tudo, mas nossa visita ficou um pouco prejudicada pelo estado em que estávamos, ainda meio sequelados.

grande estátua em madeira
obra no museu
acervo no museu Larco

Claro que a parte mais divertida da visita foi a seção de cerâmicas eróticas. Essas culturas pré-colombianas eram bem safadinhas!!! Brincadeiras à parte, é interessante ver como o sexo era tratado como mais uma coisa normal, e não como uma coisa “feia” ou “proibida”, que não deve ser expressada através da arte, como algumas culturas de outros lugares ou épocas fizeram (e fazem).

cerâmicas eróticas no museu Larco

Na hora de ir embora, tinha um casal de alemães esperando um táxi para ir a Miraflores, e rachamos a corrida com eles. Eram bem jovens e falavam pouco. Perguntamos o que eles estavam achando do Peru, e a resposta do cara foi imediata e sucinta: “sujo”! Fiquei meio chocada, imagino que para um alemão as cidades da América do Sul devem mesmo ser sujas, mas se “sujo” resume toda a sua experiência, talvez ele devesse ter pesquisado mais um pouco antes de vir para cá…

Descemos no Shopping Larcomar, já melhorzinhos da barriga e batendo uma fominha. Comemos uns sanduíches com bastante Coca-Cola.

Andamos até o hostel, aproveitando os últimos instantes em Miraflores. Tínhamos marcado com a recepção do hostel um táxi para nos levar para o aeroporto, valor fechado de 45 soles. Bastante trânsito, algumas obras no caminho e levamos mais de uma hora para chegar.

Nosso voo saiu às 19h20 e em uma hora e meia aterrissamos em Arequipa. Na saída do aeroporto, vários taxistas assediando e querendo “meter a faca” na corrida até nosso hostel. Oferecemos 20 para um que queria nos cobrar 35, ele não aceitou mas surgiu outro que disse “eu levo por 20”. Ok!

Nos deixou na porta do Hostel Casa de Sillar. Fomos recebidos primeiramente pelo Paco, um cachorro bem querido, e depois por uma moça que nos mostrou nosso quarto. Estávamos cansados, principalmente em função da péssima noite que tínhamos tido, comemos uns biscoitos que tínhamos levado e já nos ajeitamos para ir dormir. A expectativa pelo outro dia era grande, estávamos bem empolgados só em pensar que há um vulcão ativo bem juntinho da cidade, o El Misti. Quando apagamos a luz, notamos que havia alguém no quarto ao lado roncando muito alto. Era realmente muito alto! Chegamos à conclusão que quem estava no quarto ao lado era, na verdade, o próprio El Misti hahaha!

Alguns gastos (soles):

  • Táxi de Miraflores até o Museu Larco: 15
  • Museu Larco: 30
  • Táxi do Museu Larco até o Shopping Larcomar: 20
  • Táxi de Miraflores até o aeroporto: 45
  • Táxi do aeroporto de Arequipa até o hostel Casa de Sillar: 20

Hospedagem: Casa de Sillar – USD 44 (PEN 144) por duas diárias.

Quarto com duas camas de solteiro e banheiro compartilhado. Instalações simples e limpas. Café da manhã incluído, cozinha comunitária. Bom wi-fi. Atendentes muito simpáticos e prestativos. Eles vendem passeios no próprio hostel, a bons preços. O Paco (cachorro) fica solto no pátio do hostel, ele é bem amigável. Às vezes, o proprietário do hostel levava sua cachorra, a Kira, que também era amistosa, mas um pouco medrosa.

22/07/2016

Lê mais sobre o Peru. Conhece Arequipa!


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