Neste dia em Santiago do Chile, a programação foi participar de um Free Walking Tour, depois visitamos a casa museu do poeta Pablo Neruda, La Chascona, e passeamos pelo Cerro San Cristóbal. Neste post conto como foi.
Somos fãs dos free walking tours e optamos por participar de um como nosso primeiro programa em Santiago. É uma excelente maneira de ter o primeiro contato com uma cidade e uma visão geral das suas características e peculiaridades. Escolhemos a Free Tour, que sai da Plaza de Armas em frente à Catedral, e acompanhamos o tour em espanhol saindo às 10 horas da manhã. Para mais informações sobre opções de idiomas e horários, acessa o site da Free Tour.
Ainda na Plaza de Armas, ouvimos um pouco da história da cidade de Santiago, da sua fundação e de como ela se desenvolveu. Passamos em frente ao Museu de Arte Precolombino e pela bonita Calle Bandera com seu chão todo colorido.
Chegamos em frente ao Palácio La Moneda. Aqui, ouvimos sobre o golpe de Estado de 1973, o suicídio de Salvador Allende e algumas histórias relacionadas. Bastante impressionante.
Observação – dois programas relacionados ao Palácio La Moneda ficaram para nossa próxima ida a Santiago:
- participar da visita guiada ao interior do Palácio. Tentamos, ingenuamente, marcar no dia em que chegamos a Santiago, para qualquer um dos dias da nossa estadia, e já estava tudo reservado. Reservem com antecedência! As visitas são de 2ª a 6ª, às 9h30, 11h, 15h ou 16h30, em espanhol ou inglês, com uma hora de duração. Agendar neste link.
- assistir à troca da guarda em frente ao Palácio. Acontece em dias alternados, às 10 horas em dias da semana e às 11 em finais de semana (dá para consultar o calendário aqui).
Seguimos andando com paradas para explicações a respeito de alguns prédios, como a Bolsa de Valores e o Teatro Municipal. Contornamos o Cerro Santa Lucía e chegamos ao coração do bairro Lastarria, a rua José Victorino Lastarria. Já tinha se passado metade do tour e tivemos uma pausa de 20 minutos para fazer algum lanche ou usar o banheiro.
León, nosso guia, deu algumas recomendações de bares e restaurantes nas redondezas e uns dias depois experimentamos uma das suas dicas, o CHPE Libre – muito bom!
Ele perguntou se tínhamos reparado que haviam muitos restaurantes de comida peruana em Santiago, o que já tínhamos notado mesmo, e acrescentou “e o motivo é muito simples: (a comida peruana) é melhor!” 😀 .
Dali, seguimos para o Parque Florestal, passando antes em frente ao Museu Nacional de Belas Artes. O guia sempre dava uma ideia geral do que encontraríamos dentro destes locais por onde passávamos, bem como informações como horário de funcionamento e preço do ingresso. Foi muito bom para clarear mais as nossas ideias de onde queríamos ir ou não.
Atravessamos o Rio Mapocho e passamos por dentro do Patio Bella Vista – um bonito centro comercial ao ar livre com muitas opções de restaurantes e lojinhas. As ruas adjacentes também são cheias de boas opções para fazer uma refeição.
Finalizamos o tour em frente à casa de Pablo Neruda, La Chascona. Foram quase quatro horas de passeio guiado recheado de histórias e curiosidades, foi muito legal.
Dali, procuramos um lugar para almoçar. Há opções em variadas faixas de preços e nos afastamos uma ou duas ruas para encontrar algo razoavelmente econômico.
Depois de alimentados, fomos conhecer o interior de La Chascona. Essa é uma das três casas-museu do poeta e escritor Pablo Neruda (as outras não encontram-se em Santiago, mas em passeios possíveis de se fazer em um dia, em Valparaíso e em Isla Negra). As informações sobre horários e preços atualizados podem ser consultadas aqui.
O ingresso inclui áudio-guia (inclusive em português) e deixa a visita bem interessante, pois fala de onde vieram e quais as funções de diversos objetos da casa, chama a atenção para pequenos detalhes e, claro, dá uma ideia geral sobre a história de Pablo e o período em que viveu ali. Não é preciso conhecer muito da obra ou da história de vida dele para apreciar o passeio, pois a casa tem tanto a arquitetura como a decoração bem diferentes e atrativas.
Saindo dali, fomos conhecer o Cerro San Cristóbal. Optamos por subir de funicular, a estação de partida fica a 250 metros da La Chascona. A fila estava gigante e aguardamos uns 45 minutos, mas descartamos a possibilidade de subir a pé em função do calor que fazia e após já ter caminhado tanto.
Adquirimos o bilhete combinado para fazer um trecho com o funicular e o outro com o teleférico. Assim aproveitamos paisagens diferentes, pois cada um desses meios percorre trajetos distintos (inclusive saem/chegam em pontos diferentes da cidade).
Lá em cima é super agradável, diversos caminhos entre a vegetação, um santuário, uma igreja, barzinho, lojas de souvenirs, e a maior atração, na minha opinião: excepcionais vistas da cidade. Dá para aproveitar bastante tempo lá em cima caminhando sem pressa e aproveitando o lugar e o visual.
Uma pena que a visibilidade não estava das melhores, mesmo com o dia bonito que fazia, mas ainda assim achamos a paisagem muito linda.
Nos dirigimos para a estação do Teleférico e a fila era muuuito menor que do funicular, esperamos poucos minutos para iniciar a descida.
O teleférico reabriu há poucos meses, todo renovado. Dividimos a cabine com um santiaguino muito simpático que estava levando seus dois filhos para andar ali pela primeira vez. A família curtiu o passeio tanto quanto nós.
Chegando lá embaixo, a ideia era emendar uma visita ao mirante do Sky Costanera – o mais alto da América Latina – que fica próximo dali. Mas como já comentei, a visibilidade não estava muito boa e achamos melhor esperar para ver se melhorava nos próximos dias. O ingresso para subir ao mirante do Sky Costanera não é barato e pretendíamos ir quando realmente valesse a pena, mas acabou entrando para a lista de coisas para fazer na segunda ida a Santiago. 🙂
Caminhamos até a estação de metrô Pedro de Valdívia, passando no caminho pelo Parque das Esculturas.
Chegamos despreocupadamente na estação de metrô e fomos surpreendidos pela quantidade de gente por ali. Claro, nós estávamos passeando, mas a população estava tocando sua vida normalmente – e era horário de pico! Sugeri andarmos até o nosso apartamento. Simulei no mapa e dava cinco quilômetros. E lá fomos nós. Foi uma bela caminhada e ótimo para ver mais ângulos da cidade e da rotina dos moradores pelas ruas, no trânsito, voltando do trabalho, passeando com o cachorro, se exercitando, fazendo compras… adoro ver esses aspectos de um lugar!
O passeio relatado neste post aconteceu em 30 de janeiro de 2018.
Lê também:
- O que fazer em Santiago do Chile: roteiro de 5 dias
- Museu dos Direitos Humanos, Cerro Santa Lucía e Bairro Lastarria
- Centro Cultural La Moneda e Museu de Arte Precolombino
- Visita à Concha y Toro
- Bate-volta a Viña del Mar e Valparaíso
O blog fica muito melhor e mais completo com tua participação. Tens alguma sugestão para dar, alguma informação a acrescentar, alguma dúvida? Deixa nos comentários 😉
Deixe um comentário